Construa pontes ao invés de muros

foto: www.blogdocae.com.br


Por Célio Barcellos
 
A recente onda migratória de refugiados tem feito países europeus tomarem medidas drásticas para conter o ritmo de pessoas que cruzam as suas fronteiras. Além da vigilância por céu, terra e mar, os governos desses países têm proposto medidas radicais de construir muros para impedir a entrada de pessoas desesperadas que fogem das constantes guerras em seus países.
 
Será que medidas como essa, solucionarão os problemas? Não seria melhor construir pontes ao invés de construir muros?
 
Quando digo construir pontes, não quero mencionar que essa iniciativa somente deve partir de quem recebe, mas também de quem envia. Ou melhor: de quem obriga as pessoas a saírem de seus ambientes, em função de egoísmo, ganâncias e radicalismo exagerado que somente destroem ao invés de construir.
 
Para aqueles que creem na história bíblica, a mesma apresenta os resultados daninhos do pecado. Ela mostra que se o homem não rompesse com Deus, tudo seria diferente. No entanto, ela também aponta meios para a solução de muitas coisas que tem conduzido a humanidade para uma espécie de “barril” recheado de pólvora, onde uma simples fagulha poderá explodir tudo.
 
Em seu livro “Educação”, a escritora norte americana Ellen White, ao falar sobre o Éden, retrata-o como sendo uma escola: “O Jardim do Éden era a sala de aula; a Natureza, o compêndio; o próprio Criador, o instrutor; e os pais da família humana, os alunos”. Que descrição fantástica!
 
De acordo com a Bíblia o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus (Gn 1:26). E segundo White, o pecado “deslustrou essa imagem”. Para ela, o “Jardim do Éden era uma representação do que Deus desejava se tornasse a Terra toda; e era Seu intuito que à medida que a família humana se tornasse mais numerosa, estabelecesse outros lares e escolas semelhantes à que Ele havia dado.”
 
Que maravilha!
 
Comentando sobre essa descrição fantástica, White ainda diz mais: “com o correr do tempo, a Terra toda seria ocupada com lares e escolas em que as palavras e obras de Deus seriam estudadas e onde os estudantes mais e mais ficariam em condições de refletir pelos séculos sem fim a luz do conhecimento de Sua glória.” Oh maravilha!
 
Se porventura, o presente texto, está sendo lido por alguém que o vê como palavras utópicas, dê a chance de conhecer o que Deus tem para a humanidade. Apesar de não compreender tudo, perceberá que os ideais de Deus, são muito melhores do que as ambições dos homens. Ambições essas, que destroem a vida e felicidade das pessoas.
 
Assim, se a mudança começar por cada um de nós, não será preciso construir barreiras, pois cada um olhará para o outro como alguém da sua própria gente, pois onde [eu] estiver ou de onde o outro vier, serão fincados “marcos de reencontros”, pois toda a terra deve ser uma escola e seus moradores eternos aprendizes; afinal, os seres humanos foram separados pelo mal, mas o Senhor quer reuni-los pelo bem.
 
Portanto, nade de muros. O mal, já nos separou de Deus das pessoas. Ao invés disso, construamos pontes, pois as mesmas, devem nos integrar à civilização e não à destruição. Lembrem-se: apesar de cores e condições diferentes, somos de uma única família – a família humana. E já que estamos espalhados pelo mundo e queremos convivência, o melhor a fazermos é construirmos pontes e não muros.
 

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